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Maria Rosi comemora 21 anos de magistratura

Um presente que só traz alegria. É assim que a titular da 8º Vara Criminal de Cuiabá, juíza Maria Rosi de Meira Borba, 57 anos, classifica a carreira de magistrada, conquistada há 21 anos, celebrados no dia 14 de setembro. O sonho de se tornar juíza foi plantando na adolescência, aos 14 anos, quando assistiu a um Tribunal do Júri e ficou encantada com o ambiente.
 
Nascida em Maringá (PR), foi criada em Tocantins (TO), antes da divisão do Estado de Goiás. De origem simples, a realidade fez com que deixasse o sonho adormecido. Estudou em escola pública na maior parte do tempo. No ensino médio foi para uma escola privada e já no primeiro vestibular conquistou uma vaga no curso de Direito, na Universidade Federal de Goiás (UFG).
 
Em Tocantins, casou e atuou como advogada por quase uma década. Com o fim do relacionamento resolveu retomar o desejo de ser juíza. “Estudei por um ano e quatro meses e consegui passar em três concursos - um do Ministério Público de Roraima (RR), outro no MPE de Goiás e também um do Poder Judiciário de Mato Grosso”, conta. O primeiro órgão a convocar a aprovada foi o MPE-GO. Grávida da única filha, Maria Rosi assumiu o cargo. O tempo de gestação e da carreira de promotora coincidem, nove meses.
 
“Assim que fui convocada para assumir o cargo de juíza em Mato Grosso não pensei duas vezes. Pedi exoneração ao MPE-GO e me mudei. Minha filha tinha 28 dias de nascida. Não tive licença-maternidade nada, mas não reclamo. A primeira Comarca que me deram foi Porto dos Gaúchos, a 663 km de Cuiabá. Recebi a oportunidade com muita alegria. Era a realização de um sonho”, lembra.
 
Oito meses depois foi removida para as Comarcas de Alta Floresta e Diamantino, onde ficou dois anos e meio, e depois atuou em Cáceres por dois anos. Sempre na área criminal. Nesse ínterim, experimentou a justiça cível, mas não durou nem dois meses, assim que teve oportunidade pediu para fazer permuta com um colega que estava na área criminal. “Sou juíza criminal por escolha, tenho o perfil”, afirma.
 
Para ela, a maior alegria que a carreira traz é quando, ao acompanhar algum réu que se envolveu em algum crime, pagou pelo erro e teve uma segunda chance consegue dar a volta por cima e sair da criminalidade. “Na minha Vara cerca de 70% dos casos são de roubo. Um caso que me chamou à atenção foi do réu condenado por roubo qualificado, com uso de arma, ficou preso por quatro meses. Saiu da prisão, se qualificou e hoje trabalha em uma empresa de móveis planejados”, revela.
 
Contadas as três áreas da Justiça, Maria Rosi soma 31 anos de experiência e diz que ama ser magistrada. “Ser juiz é uma vocação, e ser juiz da área criminal um sacerdócio. Amo o que faço e se um dia perder a sensibilidade para os casos é porque chegou a hora de deixar a toga. Por enquanto, posso dizer que ainda vou ficar um tempinho aqui”, afirma sobre a expectativa para os próximos passos.
 
 
Alcione dos Anjos
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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13/09/2019 14:04