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Videoconferência permite que pai reconheça o filho que mora a mais de 1.000 Km de distância

 Uma videoconferência deu fim à angústia do menino Kauê Espíndola, que, com 12 anos, ainda não tinha o nome do pai na certidão de nascimento e, por conta disso, se sentia envergonhado frente aos amigos. Na sexta-feira (8 de novembro), juntamente com a mãe, Daiane Espínola, seguiu até a Escola Estadual Humberto Castelo Branco, em Luciara (1.100 Km ao sul da Capital), onde são feitos os atendimentos do projeto Araguaia Cidadão para buscar informações sobre como incluir o nome do pai na certidão de nascimento.
 
No Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), enquanto recebia atendimento, a mãe comentou com a conciliadora que o pai reconhecia o menino, mas não tinha como incluir o nome na certidão porque não podia pagar pelo serviço. Diante da informação, foi realizada audiência no mesmo momento e resolvida a situação com uma ligação por WhatsApp para o pai da criança, Ueimas Martins Souza.
 
Ele mora em Cuiabá e, por vídeo, reviu o filho e também reconheceu a criança como filho, em seguida dando autorização quanto a inclusão do sobrenome dele no nome de Kauê. Essa foi a primeira vez que a juíza da Comarca realizou uma audiência por videoconferência. A magistrada destaca o sentimento de alegria em poder resolver em minutos uma questão que afligia tanto uma criança há muito tempo.
 
“A audiência foi emocionante. O pai estava visivelmente emocionado, assim como a mãe e a criança. Foi uma audiência inesquecível ainda mais por saber que para ele isso é tão importante e a gente conseguiu resolver tão rápido algo que vai mudar a vida dele. Eles não tinham conseguido fazer ainda por conta de dificuldade financeira para pagar a certidão. Aqui, todo o serviço foi gratuito, uma facilidade pra ela e a satisfação para o Judiciário em fazer todo mundo feliz: pai, mãe e filho.”
 
Também presente na audiência, o juiz coordenador do projeto, José Antônio Bezerra Filho, destacou que a realização de uma audiência por videoconferência em Luciara demonstra o avanço do Poder Judiciário em levar atendimento à população. Ao mesmo tempo, o magistrado lamenta que mesmo em uma era tão moderna, a cidade esteja tão longe de imaginar que isso seria possível de realizar nas redondezas.
 
“Tivemos hoje um filho sendo reconhecido pelo pai, que mora em Cuiabá. Isso mostra a era moderna e o avanço do Poder Judiciário, mas, ao mesmo tempo, a surpresa da possibilidade demonstra o mundo tão distante e primitivo que é o Vale do Araguaia. Quando assumimos o desafio já sabíamos que seria assim, e estamos muito satisfeitos com o resultado do nosso trabalho. O projeto foi idealizado, pensando em levar o mundo do futuro para o mundo dos esquecidos e essa aproximação aponta que é possível fazer mais pelo outro, basta todo mundo acreditar. O resultado é um grupo de pessoas totalmente comprometidas com o ser humano.”
 
A mãe destacou que esse é um sonho realizado tanto pra ela quanto pro filho. “Ele chegava em casa e sempre reclamava que os coleguinhas da escola tinham o nome do pai na certidão de nascimento e ele não tinha. Ficava com o coração apertado porque não podia fazer nada. Agora está tudo resolvido.”
 
A certidão de Kauê estará pronta em 30 dias e será entregue no cartório extrajudicial da cidade. Ele, então, passará a se chamar Kauê Espínola Souza.
 
Leia mais matérias sobre o evento nos links abaixo.
https://www.tjmt.jus.br/noticias/58043
 
https://www.tjmt.jus.br/noticias/58039#.XcWxhjNKjIU
 
https://www.tjmt.jus.br/noticias/58029#.XcWxtzNKjIU
 
Keila Maressa/ fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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(65) 3717-3393/3394
 

11/11/2019 10:05