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Encontro de Cejuscs promove integração e aperfeiçoamento para serviço prestado ao cidadão

 Foram três dias intensos com palestras, cursos, aulas práticas e muitos conhecimentos voltados para o tratamento adequado dos conflitos e para a troca de informações. Esses são alguns dos objetivos do 4º Encontro dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), realizado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), de segunda a quarta-feira (11 a 13 de novembro), na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, em Cuiabá.
 
No último dia do evento, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha falou da importância do encontro, por reunir gestores e juízes coordenadores dos Cejuscs de todas as comarcas e por contar com a participação de uma referência em justiça restaurativa, que é o palestrante convidado, desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná Roberto Portugal Bacellar.
 
Temos sido referência no Brasil em práticas restaurativas. Temos à frente dessas ações a desembargadora Clarice Claudino que trabalha com muito amor com esses métodos que estão presentes em todas as comarcas. Sabemos que com essas ferramentas as pessoas que procuram a Justiça saem mais satisfeitas por solucionarem seus próprios litígios. Esse é o caminho para a pacificação social e o trabalho desenvolvido em Mato Grosso, por aqueles que atuam nos Cejuscs.”
 
A presidente do Nupemec e do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur) do Judiciário estadual, desembargadora Clarice Claudino da Silva disse que o propósito principal do encontro é reunir informações, troca de ideias, experiências e uniformizar as ações e os procedimentos utilizados nos Cejuscs.
 
“Esse encontro é voltado também para a integração, a alegria, a motivação para que todos se sintam pertencentes a esse sistema e sintam também que eles são muito importantes, imprescindíveis, que eles têm valor para o sistema judiciário, que cada um faz a diferença naquilo que está executando no dia a dia dos Cejuscs, na sua Comarca”.
 
Com toda a dinâmica adotada durante os três dias de evento, a desembargadora ressaltou que o alinhamento entre os que atuam diretamente nos Centros Judiciários vai permitir a possibilidade de melhoria dos serviços e a uniformização dos procedimentos. “Dará mais segurança para quem está na ponta executando essas ações, sabendo que há respaldo do Tribunal e do Nupemec”, complementou.
 
De acordo com a juíza coordenadora do Nupemec, Cristiane Padim a ideia de se reunir todos em um encontro é trabalhar na construção conjunta, já que o momento é de transição e transformação da cultura consensual para o Poder Judiciário. “Além de oferecer a jurisdição estrito senso por meio das sentenças, também ofertamos os métodos consensuais, mediação, conciliação, círculo de construção de paz, constelação, entre outros e aqui poderemos alinhar muitas práticas que são desenvolvidas nos Cejuscs.”
 
A gestora do Cejusc da Comarca de São José do Rio Claro, Mariel Kuffner ressaltou que o saldo do encontro foi extremamente positivo, em especial no que diz respeito ás rotinas dos Centros Judiciários.
 
“Conseguimos aprimorar nossas atuações, foram apresentados alguns sistemas e portais que vamos utilizar. Tudo muito novo, mas também muito importante para nossa atuação, para facilitar o nosso trabalho como gestores e para levar aos jurisdicionados o que temos de melhor, que é a conciliação, as solução dos conflitos.”
 
No encerramento do encontro, o desembargador Roberto Bacellar, membro do Comitê Gestor da Conciliação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou roda de conversa, como ele mesmo prefere que seja dito, ao invés de palestra, com o tema: “O magistrado e a resolução consensual de solução de conflitos na modernidade líquida”.
 
“Gosto muito de trabalhar com a interação dos juízes e servidores e será sobre essa mudança que tem acontecido na solução de conflitos. Tínhamos uma situação tradicional em que o juiz impunha a sua vontade, substituía a vontade das suas pessoas e aplicava a lei. Agora a ideia é devolver para as pessoas o poder que elas sempre tiveram de resolver seus conflitos e o juiz e servidores auxiliando por meio dos Cejuscs”, discorreu.
 
Segundo Bacellar, essas são ferramentas e técnicas para que se desenvolva o humanismo nas relações para que os conflitos se resolvam sozinhos, sem a necessidade de julgamento. “As práticas restaurativas fazem com que as próprias pessoas encontrem as soluções a partir das suas histórias. Em muitos casos é possível que as próprias pessoas encontrem a melhor solução”, disse.
 
Assista AQUI a matéria na TV.Jus.
 
Dani Cunha (texto e fotos)
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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13/11/2019 13:01